Da capital para o interior: a jornada de uma mulher dentro das margens do Império Colonial Português
Abstract
Nos anos 40 e 50 do século XX, no contexto do Estado Novo em Portugal, a Agência Geral do Ultramar continua a promover o Concurso de Literatura Colonial com o objectivo de, por meio da literatura, despertar o espírito dos portugueses em relação às colónias africanas. Em 1951, o júri atribui “por unanimidade o segundo prémio da 1a categoria” do XXV Concurso de Literatura Colonial a Márcia Ramos Ivens Ferraz com a obra Sòzinha no Mato. Este artigo tem como objectivo, na senda dos estudos que se têm debruçado sobre a escrita feminina portuguesa no sentido de a problematizar e tirá-la do esquecimento, trazer a público uma obra e autora também elas esquecidas, contribuindo, assim, para um mais vasto (re)conhecimento da escrita feminina, mais especificamente, colonial, em Portugal durante a década de cinquenta. Propõe-se, através da obra de Márcia Ferraz, problematizar relações de género e raça no Moçambique colonial.
Copyright (c) 2014 Sandra Sousa
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