Gracián e Vieira: o lugar do “mistério”
Abstract
O ensaio investiga a aplicação do tópos do mistério na obra de dois jesuítas
do século XVII, o português Antonio Vieira (1608-1697) e o aragonês Baltasar Gracián (1601-1658). Propõe que o seu emprego, em ambos os autores, afirma tanto a racionalidade inscrita no mundo como a sua dimensão necessariamente sensível. Um e outro aspecto articulam-se de modo a evidenciar a presença palpável, conquanto invisível, de Deus na história humana, o qual não fica diminuído, mas dignificado nela. Por fim, propõe que o lugar espesso em que a presença infinita de Deus se manifesta na matéria finita solicita a primazia do lugar do intérprete da matéria do mundo na hermenêutica da palavra divina.
Copyright (c) 2014 Alcir Pécora
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